July 2nd | Dois de Julho
I am the saddest person in the world.
There's no use trying to compete with me. I could win any tragedy award.
I collect tears - of sadness, of joy, but most commonly, of fear.
Every day, I imagine myself in different scenarios of death.
Just yesterday, I died as a serrated knife danced near my neck, the same one used on July 2nd to slice a baguette topped with eggplant paste, red bell peppers, and capers, baked for 8 minutes in a preheated 450-degree Fahrenheit oven with a drizzle of extra virgin Portuguese olive oil.
I've died so much for so little.
I am the most lifeless person in the world.
Yesterday, I died of fear. The day before, of despair. I've died of shame, of hunger, of exhaustion, of haste, desire, heat, cold, and longing.
Every day, I think about the people I miss.
Every day, I watch my friends' stories, seeing them happy with their new friends, and I wonder what they would wear to my funeral. And I wonder, what I'd wear to my own funeral.
And I wonder if, in the end, with everyone gathered around me, I would be a little happier.
Perhaps, a bit more vivid.
_pt/
Eu sou a pessoa mais triste do mundo.
Não adianta querer competir comigo.
Eu faturo qualquer prêmio de tragédias.
Eu choro todo dia. De tristeza, de alegria; mais comumente, de pavor.
Todos os dias, me imagino em alternativas situações de morte – Ontem mesmo eu morri ao ter uma faca serrada valsando em meu pescoço, a mesma usada no dia dois de Julho pra fatiar uma baguete que levara um creme de berinjela, pimentão vermelho e alcaparras por 8 minutos num forno a 450 graus fahrenheit com um fio de azeite de oliva português extra virgem.
Já morri por tanto e tão pouco.
Eu sou a pessoa mais morta do mundo.
Ontem mesmo eu morri de medo. Anteontem, de desespero.
Já morri de vergonha, de fome, de cançado, pressa, vontade, calor, frio... de saudade.
Todo dia eu penso nas minhas pessoas e na falta que elas fazem.
Todo dia eu vejo os stories dos meus amigos sendo felizes com seus novos amigos, e me pergunto com qual roupa eles iriam ao meu funeral. E me pergunto com qual roupa eu iria ao meu próprio funeral.
E me pergunto se, por fim, com todos ali reunidos eu seria mais feliz.
Um pouco mais vívida.
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